segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O QUE É AVC?





O que é AVC?


Acidente vascular cerebral. Esse é o nome correto do que os leigos costumam chamar simplesmente de derrame, problema que responde por 10% das mortes no mundo a cada ano. Aliás, o nome que caiu na boca do povo é apenas um dos tipos desses ataques ao cérebro - o AVC hemorrágico - que nem sequer é o mais comum. Nele, um vaso se rompe e o sangue extravasa alagando uma área da massa cinzenta. Já no AVC isquêmico, que representa 80% dos casos, acontece algo parecido ao que ocorre no coração dos infartados: uma obstrução de uma artéria bloqueia o fluxo de sangue que deveria irrigar uma determinada região. Mas nos dois tipos o resultado é o mesmo: as células da área afetada morrem, causando diversas seqüelas. Dependendo do local da lesão, pode provocar desde a morte da pessoa até paralisias, problemas de fala, de visão, de memória, entre outros. Isso é uma realidade para 2/3 dos pacientes que sobrevivem a um ataque desses. 


 


AVC Isquêmico

Nesses casos, sintomas como dificuldades de falar ou de compreensão, perda da sensibilidade nos membros e do equilíbrio se desenrolam em poucos minutos e vão piorando ao longo das horas. A falta de irrigação no cérebro pode ter dado algum sinal de aviso semanas ou até meses antes, na forma de um "mini-ataque", em que os sinais apareceram e sumiram de repente. Dependendo da causa da obstrução, os isquêmicos podem ser de três tipos:

1. Trombótico - aqui o causador do entupimento é um coágulo formado numa artéria que irriga o cérebro devido à aterosclerose. Responde por 60% dos casos.

2. Por embolia - Em 20% dos casos o coágulo foi formado em outra parte do corpo e viajou até obstruir alguma artéria que leva sangue à massa cinzenta ou que fica por lá.

3. Insuficiência circulatória - aqui o problema é uma falha no coração, que deixa de bombear sangue corretamente levando à deficiência de circulação na cabeça. Isso explica por que um ataque do coração pode levar a um AVC.


AVC Hemorrágico

Este tipo é mais grave e de pior prognóstico. Por sorte responde pela minoria dos casos - cerca de 20% deles. É mais comum em jovens e pode vir acompanhado de uma forte dor de cabeça, náuseas e vômitos. Mas às vezes não dá nenhum sinal. Sabe-se que alguns hábitos, como fumar, usar contraceptivos orais (principalmente os que têm muito estrógeno) e o abuso de álcool e drogas favorecem esse tipo de ataque. Há duas formas dessas hemorragias:

1. Sub-aracnóide - um vaso da superfície se rompe, derramando sangue no espaço entre o cérebro e o crânio.
A causa mais comum é o rompimento de um aneurisma, as dilatações nas artérias que ficam cheias de sangue como um balão. Em geral o gatilho para esse estouro é a pressão alta.

2. Hemorragia intra-cerebral - o derramamento de sangue é no meio da massa cinzenta, normalmente por causa do envelhecimento dos vasos ou da hipertensão crônica. Só 10% dos AVC se enquadram aqui.

 

Fatores de risco

Os estudos mostram que o grupo mais vulnerável a um AVC engloba homens, com mais de 55 anos e histórico familiar da doença. Além disso, os fatores de risco são praticamente os mesmos que estão por trás de um infarto:
• Pressão alta - este o mais importante fator de risco que pode ser modificado

• Cigarro - ele diminui a oxigenação do sangue e lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de coágulos. Em combinação com alguns contraceptivos orais, seu efeito é ainda pior.

• Diabete - a doença lesa a parede dos vasos, facilitando a formação de placas

• Entupimentos nas carótidas, as artérias do pescoço que levam o sangue ao cérebro

• Problemas cardíacos - a fibrilação, por exemplo, gera um descompasso nas batidas do coração que pode favorecer a formação de coágulos. Soltos na corrente sangüínea, podem ir parar no cérebro.

• Colesterol alto - conhecido formador de placas
• Sedentarismo
Obesidade



Sinais

Fique atento a estes sinais. Você deve correr para um hospital imediatamente à menor suspeita deles:
falta de sensibilidade ou fraqueza que surge de repente no rosto, no braço ou na perna, especialmente se for de um lado só do corpo

confusão repentina, problemas para falar ou entender o que os outros dizem

dificuldade de enxergar com um dos olhos

dificuldade de caminhar, tonturas, perda do equilíbrio ou da coordenação

forte dor de cabeça que surge de repente, sem causa aparente

Diagnóstico

Diante de uma suspeita de AVC, o médico geralmente pede uma tomografia ou uma ressonância magnética do cérebro. Esses exames mostram com exatidão a dimensão, a causa, o local e a gravidade da lesão. Também é possível fazer exames das artérias para ver a quantas anda o fluxo sangüíneo por lá.


Prevenção


É perfeitamente possível prevenir 80% dos AVC. E não há nenhum mistério nisso. Basta controlar os fatores de risco. Isso significa: • controlar sua pressão arterial. Não hesite em tratá-la se estiver alta

• verificar com um cardiologista se você tem alguma fibrilação atrial

• parar de fumar

•  PARA DE beber
 

• manter as taxas de colesterol no lugar




• se for diabético, manter a doença sob controle

• exercitar-se regularmente

• consumir pouco sal



Um comentário:

  1. VALE LEMBRAR PASTOR,QUE O AVC É UMA DOENÇA QUE MERECE MUITA ATENÇÃO PELA MUDANÇA QUE PODE PROVOCAR NA DINÂMICA DE VIDA DA VÍTIMA,DA VIDA DA FAMÍLIA,E DAS PESSOAS QUE DELA CUIDAM.A VÍTIMA QUE ANTES TOTALMENTE FUNCIONAL ,PODE SE TORNAR TOTALMENTE DEPENDENTE DE SEUS CUIDADORES PODENDENDO AINDA PELA CONDIÇÃO DE "ACAMADO" DESENCADEAR OUTRAS DOENÇAS TAIS COMO:ESCARAS DE DECÚBITO,PNEUMONIA,E CONSTIPAÇÃO.(VALERIA COUTINHO)

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